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"NARGUILÉ" e CÂNCER DA BEXIGA

  • urologiamedic
  • 24 de ago. de 2014
  • 4 min de leitura

"NARGUILÉ" e CÂNCER DA BEXIGA

ALERTA AOS JOVENS

O câncer de Bexiga, é a segunda neoplasia maligna urológica mais comum.

Os homens têm três vezes mais probabilidades que a mulher de desenvolver a doença. As substâncias eliminadas na urina provocam uma inflamação crônica na mucosa da bexiga sendo o principal fator desencadeador da neoplasia vesical. O tabagismo é a principal causa de tumores vesicais no mundo desenvolvido. A fumaça do cigarro contém substâncias cancerígenas, que são eliminadas na urina. Fumantes têm um risco 2-5 vezes maior que os não-fumantes. As estimativas sugerem que 60% do câncer da bexiga é causada pelo tabagismo. A exposição ocupacional à radiação e a outras substâncias cancerígenas, em especial hidrocarbonetos aromáticos como anilina. Outros exemplos de ocupações de risco, que também estão expostos a produtos cancerígenos: trabalhadores com fabricação de borrachas, cabos elétricos, de tinta, indústria têxtil, cabeleireiros, pintores.

No Hospital Santa Virgínia, o Instituto de Urologia Santa Virgínia, tratou, um dos primeiros casos do Brasil, de CÂNCER DE BEXIGA em homem jovem de 19 anos de idade, relacionado ao uso de "NARGUILÉ". Devido ao grande aumento de uso desta forma de inalar o tabaco pelos jovens brasileiros, o sinal de alerta vermelho acendeu para os jovens, devendo assim ser alertados sobre o risco de câncer da bexiga pelo uso do "NARGUILÉ".

O narguilé, também é conhecido como cachimbo d’água ou shisha ou Hookah, é um dispositivo para fumar no qual o tabaco é aquecido por uma pedra de carvão e a fumaça gerada passa por um filtro de água antes de ser aspirada pelo fumante, por meio de uma mangueira. Por utilizar mecanismos de filtragem, o consumo de narguilé é visto erroneamente como menos nocivo à saúde. Mas, na verdade, seu uso é muito mais prejudicial do que o de cigarros, pois a água tem pouca eficiência na filtração da fumaça que o filtro utilizado no cigarro, além de que o narguilé utiliza o carvão na sua forma bruta, que produz uma grande quantidade de monóxido de carbono, muito superior ao cigarro.

A popularidade do narguilé entre os jovens, provavelmente esta relacionada a sensação de "tontura e euforia" provocada pela hipóxia. Em sua fumaça há grande quantidade de monóxido de carbono, que provoca uma diminuição dos níveis de oxigênio na ciruculação sanguínea e no cérebro, provocando taquicardia e uma sensação de torpor.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (2005), uma sessão de narguilé dura em média de 20 a 80 minutos, o que corresponde à exposição a todos os componentes tóxicos presentes na fumaça de 100 cigarros.

Estudos associam o uso de narguilé, além do câncer da bexiga, ao desenvolvimento de câncer de pulmão, doenças respiratórias, doença periodontal (da gengiva) e câncer de orofaringe, além de expor seus usuários a nicotina em concentração que causa dependência. Após 45 minutos de sessão, o narguilé aumenta os batimentos cardíacos e a concentração de monóxido de carbono expirado. Ocorre também maior exposição a metais pesados, altamente tóxicos e de difícil eliminação, como o cádmio. 

Mas os riscos do uso do narguilé não estão somente relacionados ao tabaco, mas também a doenças infectocontagiosas: compartilhar o bocal entre os usuários pode resultar na transmissão de doenças como herpes, hepatite C e tuberculose.

Dados da Pesquisa Especial sobre Tabagismo (PETab), realizada em 2008 pelo IBGE em parceria com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), apontaram que o cachimbo de origem oriental tinha, na época, quase 300 mil consumidores no país. Vale destacar que o narguilé tem uma característica peculiar: um único cachimbo pode ser usado por várias pessoas simultaneamente. Isso reforça o aspecto da socialização, algo muito atraente especialmente para os jovens.

Informações da pesquisa evidenciaram a alta prevalência do consumo do narguilé entre escolares de 13 a 15 anos em 2009. Em São Paulo (SP), 93,3% dos entrevistados que consumiam outros produtos de tabaco fumado, além do cigarro industrializado, declararam usar o narguilé com maior frequência. Em Campo Grande (MS), 87,3% dos estudantes ouvidos disseram preferir o cachimbo oriental. Já em Vitória, o percentual ficou em 66,6%.

O mesmo panorama foi constatado pela pesquisa Perfil do Tabagismo entre Estudantes Universitários no Brasil (PETuni) do Ministério da Saúde entre universitários de alguns cursos da área da saúde: em Brasília (DF) e São Paulo (SP), em 2011, dos estudantes que declararam consumir com frequência algum outro tipo de produto derivado do tabaco, de 60% a 80%, respectivamente, fizeram uso do narguilé (Fonte: Ministério da Saúde).

O narguilé contem em relação ao cigarro:

- 36x mais alcatrão

- 15x mais monóxido de carbono

- 70% mais nicotina

Estudos demonstraram que 1 hora de sessão narguilé disponibiliza 50 litros de fumaça do fumo, enquanto que um único cigarro oferece apenas 0,5 litros de fumaça. Devido ao modo de fumar, incluindo, freqüência de aspiração e a profundidade de inalação; uma sessão de narguilé absorve concentrações mais elevadas de toxinas encontradas na fumaça do cigarro. Fumador médio cigarro aspira 8 a 12 puffs, o fumante médio de narguilé inala 20 a 200 puffs por hora, assim 60 minutos de narguilé equivale a fumar de 40 a 400 cigarros em uma única sessão. Com isto, 1 hora de narguilé expõe o fumante a 100 a 200 vezes a quantidade de fumo inalado a partir de apenas um cigarro.

Na vanguarda o INSTITUTO DE UROLOGIA SANTA VIRGÍNIA, faz uma "Campanha de Alerta a População", principalmente aos jovens, sobre o risco do uso de narguilé.


 
 
 

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